quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Penas queimadas

Pormenores sórdidos, suculentos e enrolados
alimentam as tuas fantasias, deixam teus lábios molhados.
Deleites perfeitos abençoam três corpos famintos,
Que falam com palavras proibidas, e pressinto-os...
Vão acabar por voar e mudar de cor, serão flamingos.

Asas dos pássaros todos, asas dos pardais.
Asas do pássaro preto, que é mais esperto que os demais.

Pássaro de pernas compridas e de promessas cumpridas
Voa, atravessa o mar e não faças nenhuma escala.
Salva-me destas aves de rapina com penas garridas
Que me agarram com os bicos e me arrastam pela sala.

...

Espero...
não desespero, mas...
não há forma de tu apareceres.
Que merda do caralho,
já tenho o pénis arranhado
de tanto ser debicado
por estes belíficos seres.

Tive de reagir, e decidi entrar em acção,
É que aves de rapina deviam respeitar um dragão.
Entrei em devil mode, esbocei aquele sorriso.
...Queimei-lhes as asas, e fodi-lhes o juizo.

Cheiro a pena queimada, não é nada agradável.
Ainda para mais ficaram com um aspecto nada saudável.
Quando as vi assim, fiquei transtornado, comovido.
Lavei-as, barrei-as com aloe vera e fiz dois vestidos.

Levei-as pro ninho para se poderem aquecer
Queria vê-las felizes, já as tinha visto a sofrer.
Estavam tão lindas, tão frescas e tão quentinhas,
que quase desejei que fossem para sempre minhas.

Agora elas sem asas,
Precisam de mim para voar.
E já há quem faça graças
pelo seu (delas) novo andar.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Fever

googly googly
googly do.

A Fever está constipada,
ressurge das cinzas pois ficou alterada.
A sua doce natureza é desejada e selvagem
e contam os que tiveram um dia a coragem
de estar perto dela e por ela adoecer,
Que a viagem da sua Febre é estonteante,
repleta de maravilhas, sempre inconstante,
Um labirinto em que todos se querem perder.

Por mais amor que lhe dêem ao ser amada, convém relembrar,
Que quando se prende uma ave solta, ela acaba por escapar.

Como seria bom contigo dançar, mesmo que à distância,
aquela musica já meio ranhosa que um dia nos fez abraçar.
Depois e ainda com mais pormenores de extrema relevância,
Dar outra queca, ir a dois ou três mundos, e à cama voltar.