sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Ascensão a um mar mais alto

Num novo barco entra quem a mim muito amou.
Num novo oceano navega agora, rumo a um mundo novo, aquele que desejou.

O bicho verde é frieza para o homem vulgar,
O verdadeiro amar é por eles desconhecido,
E sem pudor atacam por vezes o incompreendido.
Ele está ocupado... sem tem tempo para os julgar.

Sintonizado na existência intemporal, recebe sem medo retalhos que lhe são oferecidos.
Memória colectiva, compreensão da vida, evolução. Dádivas ancestrais de entes queridos.

Imaculada fonte de energia sagrada,
tanto temida pela gente mal alienada
Abraça com ternura quem vai de encontro a ti.
Partilho contigo os momentos em que com ela eu sorri.
As caras feias que lhe fiz, quando muito me ensinava.
Mãos dadas, unidas, por vezes suadas. Irrequieto eu escapava.

Jogos perdidos no tempo e guardados dentro de mim
Histórias, cheiros, sabores... informação sem fim.
Sorrir com o deleite de de parte de ti ser eu feito
É amor puro, quiçá imaturo, verdadeiro! Não perfeito!

Ambiciono continuar o que já antes de ti se havia iniciado.
Tua parte cumpriste, tá feito, bem feito! Estou lisonjeado,
pois sangue de teu sangue corre dentro das minhas veias,
Facilita-me a vida, já tu andavas longe das coisas feias.

Até já, como sempre... daquela maneira especial.
Em que me sentes eu te sinto e não há final.
Continuamos cúmplices nas ondas do teu novo mar,
Grato estou pelo que me ensinaste para no meu navegar.

Até já senhora querida, avó da minha vida, o universo conspira. Sigo a mesma voz.