quarta-feira, 30 de setembro de 2009

ÃO ER ALHO

Bicho maroto, sacana cabrão.
Escondeu-se no sol, da escuridão.

Filho d'uma puta quem havia de dizer
Que era um chato e não quis morrer.

Se esta merda não rima perco a noção...
ah já sei , pra não variar... o Bicho é cabrão.

Mas é lindo, imperfeito real e ele quer,
Não ganhar, não vencer, mas também não perder.

Bicho bom, Bicho mau, Bicho marado, espantalho!!
Que é que queres? Que é que foi? Vai mas é pró caralho.

Sacrifico uma gaivota... claro que não!!!
Não têm culpa, coitadas... e cagam com precisão.

Falta um ão? Falta um er? Ou será que falta um alho?
Vou fazer três cartas, um mini-baralho! ....

O Bicho destas merdas não quer saber.
Busca a verdade, pra a respirar e viver.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

LuSiDez

Oh como gostava de estar fodido. Marado dos cornos, demência total.

Anarquia dos sentimentos, caos pessoal. Ser um ser vadio, passando o dia numa ausência permanente.

Darkside

Mas não. A puta da lucidez não me larga.
Tenho de levar comigo o dia todo, e por vezes é demais.
- Dormir não vale, nada resolve, nada se faz.

Any kind of switch?

Desligar a lucidez e aguardar o amanha,

Que a cobra seja verde e o homem maduro.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

33 - trinta e três

33

Fiz, tenho, daqui a um ano tinha...

Já fiz 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32... e há uns dias 33.

O que aprendi? Basicamente a contar... coisas, pessoas, com coisas, com pessoas, e mais tarde a não contar com algumas coisas e algumas pessoas e posteriormente a não contar com certas pessoas para certas coisas. Evolution permanente.

O que ensinei? O melhor é perguntar a quem aprendeu comigo. (se bem que duvido que quem me ouça dure muito).

O que fiz? Tanta coisa, boa e má.

O que vou fazer? Sei lá!!!

Para já tenho quase tudo, tenho muita coisa não sendo quase nada meu. São coisas da vida, adquiridas por quem nao quer tudo, e pouco tem a perder.
Faltam só duas ou três coisas. Mas essas são fodidas de arranjar. E têm de ser mesmo nossas, no máximo de mais ninguém...

Faz-se tarde, amanha há rock.
Vou dormir... (para depois ter aquela cena - o acordar)

Fiz anos no outro dia

A Morte do Bicho Bom

Vai morrer.
Não por vontade própria, não por debilidade.
Vai quinar porque assim tem de ser. (mesmo nada tendo de ser nada...)

É uma questão de legitimidade. A mesma que me fode há anos.
A minha mais fiel companheira...
Começo a reparar de que juntos por vezes, mais do que marcar ... assustamos!
... E claro está, a quem menos convém, e no pior momento.

O Bicharoco vai morrer!

Não é preciso funeral! Mutar-se-à!

Dignificará o meu ser com o seu desaparecimento.
- E esta dignidade será para minha auto-contemplação.

Há Bichos e Bichos.
Este até era engraçado.
Não chateava muito, só de vez em quando aparecia e mesmo assim o cabrão era subtíl.

- Falando por mim, só dava por ele quando já me roía as canelas...

Ouvi meia dúzia de pessoas que diziam o ter visto - algumas juravam que ele estava ali, naquele momento, no meio de nós. Mas não, eh eh eh. O filho da puta era mesmo matreiro.

Não estava só, tinha família - dois ou três irmãos.
Muito unidos, choram a sua morte. Mas entendem, sabem que ele era ousado. Uma ousadia sã e pura é certo, mas que ao mesmo tempo fragilizava o grupo - o colectivo!


Perguntou pela permissão para viver e morrer.
Ambas lhe foram dadas e negadas.

Uma coisa é certa.
Com o seu jeitinho de ser guiou os seus irmãos para novos caminhos, tornaram-se uns bichos melhores, mais saudáveis e cheios de vida. Quase imortais.

E a mim fazem falta Bichos assim.


Bicho Bom que nasceu de algo
Inesperado, natural.
Lavou-se na tormenta nocturna.
Viajou, ficou, conheceu, adoeceu,
Curou-se no nevoeiro.
Ficou bom e depois... morreu.