sábado, 25 de setembro de 2010

Seis

ui ui ui
agora é que foi, para sempre, tinha de ser.
rejubilo de alegria, tenho espasmos, o corpo em torção.
ui ui ui ai ai ai quem havia de dizer?
cada vez erro menos, quando cago em ter razão.

seis magias conheço, adoro-as e por vezes sou adorado
seis feitiços me enfeitiçaram e continuo enfeitiçado.

com tanta tanta sorte, sou abençoado certamente
contactar os deuses assim é insano, demente.
por isso adoro a minha loucura, e não a troco por nada
é ela que traça o rumo, faz os planos e arranja a estrada.
seis vezes sucumbi e de cinco mortes voltei
nas mãos de feiticeiras, de quem um dia fui rei.
a todas elas estou agradecido e a todas ela peço.
que me dêem apenas aquilo que realmente mereço.

Da sexta morte, confesso, ainda ando moribundo,
pois quem morre seis vezes já não é deste mundo.
Agora sou gigante, enorme, de dimensões colossais
Conheço muita gente, poucos humanos e uns anormais.
A conexão está estabelecida, a torre verde transmite
Quem me toca eu toco, e a isso ninguém resiste.

Abençoados ovos de onde nascem dragões,
Seres míticos, mágicos que vivem de emoções.
Quando dois se cruzam conhecem a semelhança.
e não podem evitar, enchem-se de esperança.

Diluir tão forte sentimento no copo da vulgaridade
é errado, covarde, coisas de gente de verdade.
Gente assim deixei de ser, sou uma vela sem pavio,
Que arderá pela eternidade no calor desse navio!

domingo, 19 de setembro de 2010

A bruxa não é má!!!

NÃÃOOOOO!!!!! Não queimem a bruxa, ela não é má!
Todos podemos ser maus, dependendo de quem nos julgará.
Dirijo-me a vós humildemente e revoltado:
Sinto uma energia estranha que me deixa alterado,
Uma multidão assanhada entra em euforia
Para queimar uma bruxa que nua corria,
Pelos campos (dizem eles) e à noite destruindo colheitas.
Se calhar só o fazendo a quem fazia coisas que não deviam ser feitas.
Vossa sorte, e meu mal (ou bem), é eu ter uma espécie de vergonha
Que me impede de fazer o que me vai na mente, pois ela está medonha.
Insurgiria-me perante vós, com a convicção do bom profeta.
Não fazendo a mínima ideia dos perigos que isso acarreta.
Se quem canta seus males espanta,
Vós que tanto cantaram, que têm a temer?
Só quem é fraco com ela não se encanta
Não! Esta bruxa não pode morrer!!!!
Recordemos o que fizemos atrás,
Pelas mãos de nossos antepassados.
Queimaram tantas bruxas "más"
E quase sempre estavam errados.
Comecemos agora e aqui a nos redimir
E talvez ganhemos de novo o direito de existir.
Como entidades divinas em vez de pessoas normais
Sejamos puros e verdadeiros como os animais.
E se assim não for eu vos garanto
Que vocês vão entrar em pranto.
Quando a chama sagrada do Dragão
Derreter a maldade que têm no coração!

domingo, 12 de setembro de 2010

estúpida estupidez

Um dia um pensamento fez-me voltar
Ao estado da conformidade terrena.

No dia seguinte chamei-lhe estupidez
E desci aos céus do Homem vulgar.

Na manha seguinte ao acordar ri-me do que tinha acontecido.
E assim subi ao reino novo, onde o Homem de entrar é impedido.

Na porta estava uma aranha com sete patas, uma aranha gorda mas não das más..
Que me disse e eu percebi pouco a pouco:
Ousa até acharem que és louco. Se o fizeres com mestria viverás de verdade, e um dia acordarás.