sábado, 25 de setembro de 2010

Seis

ui ui ui
agora é que foi, para sempre, tinha de ser.
rejubilo de alegria, tenho espasmos, o corpo em torção.
ui ui ui ai ai ai quem havia de dizer?
cada vez erro menos, quando cago em ter razão.

seis magias conheço, adoro-as e por vezes sou adorado
seis feitiços me enfeitiçaram e continuo enfeitiçado.

com tanta tanta sorte, sou abençoado certamente
contactar os deuses assim é insano, demente.
por isso adoro a minha loucura, e não a troco por nada
é ela que traça o rumo, faz os planos e arranja a estrada.
seis vezes sucumbi e de cinco mortes voltei
nas mãos de feiticeiras, de quem um dia fui rei.
a todas elas estou agradecido e a todas ela peço.
que me dêem apenas aquilo que realmente mereço.

Da sexta morte, confesso, ainda ando moribundo,
pois quem morre seis vezes já não é deste mundo.
Agora sou gigante, enorme, de dimensões colossais
Conheço muita gente, poucos humanos e uns anormais.
A conexão está estabelecida, a torre verde transmite
Quem me toca eu toco, e a isso ninguém resiste.

Abençoados ovos de onde nascem dragões,
Seres míticos, mágicos que vivem de emoções.
Quando dois se cruzam conhecem a semelhança.
e não podem evitar, enchem-se de esperança.

Diluir tão forte sentimento no copo da vulgaridade
é errado, covarde, coisas de gente de verdade.
Gente assim deixei de ser, sou uma vela sem pavio,
Que arderá pela eternidade no calor desse navio!

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