Ando atrás de um grão de areia que perdi na praia.
... e tenho tanto que fazer!
Problema-mor, este que me apareceu. Deram-me algo a guardar, pequeno, minúsculo, mas frisaram:
Esta merda é importante!
...Importante... importante... foda-se, é um grão de areia!
Já pensei em arranjar outro, parecido. O mal é que não faço a mínima ideia de como era o que perdi.
Alucinei... já algumas vezes... a prova está aqui!!!
Perigosa, e estranha é a mente humana em devaneio intimo alterado. O susto renasce a cada segundo, a cada deslumbrar da loucura na próxima esquina. Ando em linha recta mas fico desconsolado, é uma seca. Ando aos S's, e roço bem de leve na mescla gelatinosa de pensamentos deformados. Gosto!
Assim é melhor, tem sumo, essência, é bem temperado sem caldo Knorr.
Acho que é este... Será?
Caralhos me fodam, não tenho a certeza!
Este grão de areia é-me familiar...
Já sei! Já sei! Este era da Teresa...
Não é aquele que eu perdi.
Esse... Que merda, nunca mais o vi.
Ao lado da descrença, vem a apatia, o embaciamento.
O artista perde o publico, não há contentamento.
A descrença -coisa má-, de onde é que vem?
De atitudes? De semelhanças? Um grão também é alguém.
Sei que estás aí, apesar de não te ver.
Habituei-me, não me custa quase nada.
Olha... quem sabe possa de novo te ter,
Bela grã de areia dourada.
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