Um cheiro, um cheirinho.
Daquilo que somos, ou que gostamos de ser.
Ás vezes acontece, forma-se um remoinho,
Em que quem é, para sempre será,
E quem finge nunca saberá,
O prazer escondido no nosso vórtice.
Fazemos seguros, rasgamos a apólice.
Quanto menos quero mais alcanço,
Quando corro para alcançar, normalmente tropeço,
Caio. No chão... Uma vez caí na água.
Estava seca. Isenta de sentimentos. Morta, inerte.
Chata como a putaça. Sem nada que me desse tesão.
Atirei-lhe uma pedra, mas nem se afundou.
Estranha água maldita, quem a bebeu nunca acordou.
É mau, mole, meloso e azeiteiro
Este tipo de discurso, fica tudo a meio.
No entanto a resposta começa a surgir.
E só me dá vontade de partir
Mas até nisso começo a cagar,
Pois sempre posso estar errado.
E até já deslumbrei
Por que fiquei amputado.
Trata-se apenas de preparação
Só isso - de estar preparado.
É que adoro a puta da sensação
De estar verdadeiramente do teu lado.
Culpa-me por isso não me importo
Há quem nasça direito e morra torto.
O meu mal é ter bom gosto,mais nada.
O teu é seres assim, linda e assanhada.
Claro está - não fico de forma alguma indiferente.
Mas tenho auto-estima, não posso ficar doente.
Para estar contigo pensei numa solução:
Foi fácil, apenas te dou um bocadinho do meu coração.
Agora estando tu gélida ele ja não sente mais frio,
Pois se tiver que ser, é...puta que pariu.
Dançamos como se estivéssemos sós,
Há quem ache isso fantástico,
Mal sabem que quando somos mesmo só nós.
Fica um tédio orgasmático.
É uma merda e assim vai ter de rolar.
Continua a ser quem és, que eu não vou mudar.
Tudo passa e tem sido bem depressa
Quem sabe vem free love no correio, uma remessa.
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